O câncer de boca e faringe é o quinto tipo de câncer mais comum no mundo e são computados como responsáveis por 5% de todos os casos de óbitos entre todos os tipos de câncer, em todo o mundo. É duas vezes mais comum em homens do que em mulheres. Dependendo do estágio diagnosticado, a sobrevida é estimada em 5 anos, para 30% a 80% dos casos.
As causas do câncer de boca e faringe são o uso do fumo, do álcool, microorganismos, nutrição inadequada e traumas constantes no mesmo ponto têm sido associado com câncer da mucosa da boca, porém não há evidência que dentaduras bem adaptadas possam causar câncer.
As condições precárias de higiene, a presença de dentes quebrados, raízes, tártaro e as próteses inadequadas ou em más condições também podem contribuir para o surgimento do câncer.
O câncer de boca é a única doença letal que o dentista pode diagnosticar ou prever. O maior problema para o diagnóstico do câncer oral,é o fato de que pequenas lesões que são mais facilmente tratadas, geralmente não apresentam sintomas e por este motivo o paciente estará desatento para a sua presença.
O auto-exame para o câncer bucal é relativamente simples. Diante do espelho, com uma boa iluminação, apalpe todas as estruturas bucais e do pescoço. Durante o auto-exame, os principais indícios a serem observados são: feridas que permanecem na boca por mais de 15 dias, caroços (principalmente no pescoço e embaixo do queixo), súbita mobilidade dental, sangramento, halitose, endurecimento e ou perda de mobilidade da língua. É importante frisar que a dor pode ser um sinal de lesão avançada.
A prevenção e o diagnóstico precoce podem ser realizados pelo cirurgião-dentista através de exame clínico; afastamento dos fatores co-carcinógenos; diagnóstico e tratamento das lesões que podem evoluir para o câncer; exames complementares, como a biópsia e citologia esfoliativa e orientação e estimulação ao auto-exame.